23/05/2009

Desabafo de um tricolor

O texto que você vai ler agora não é de um rubro-negro, é de um tricolor. Mas acredite que existem almas superiores. Almas superiores de longe se reconhecem, não importa a cor da camisa do seus respectivos clubes.

Leiam que vale a pena. No fim das contas, Pernambuco une os pernambucanos genuínos.



Alegria na tristeza, isso é possível? Seria possível um ser chorar de alegria e orgulho ao presenciar o fim de um sonho? Seria possível presenciar a derrota e falar pra si mesmo: “foi bom mesmo assim”?Esse é o valor que apenas as grandes almas possuem. O sonho não acabou, foi apenas adiado.

O que foi o Sport nessa Libertadores? Um azarão? Um intruso? Um fenômeno? O Sport foi Brasil, foi Nordeste, foi Pernambuco contra a América, contra o Brasil, contra o Nordeste e contra Pernambuco. A inveja das outras cores pernambucanas, o pouco caso das restantes cores nordestinas, o corporativismo das demais cores, empresas e instituições da Regiões Sul e Sudeste e, claro, a competição em si, das rivalidades, a única realmente justa.

As cores rubro-negras pintaram a América, fizeram suas vítimas em solo estrangeiro, provaram que neste sub-país chamado Nordeste, tão esquecido pelos demais, habitam seres que têm em sua garra, em sua raça, em sua capacidade de erguer, de muito pouco, o melhor que o Brasil têm para oferecer o seu tesouro. E este sub-país tem uma capital, Recife, e um grande herói, o Sport.

No final das contas, o Sport lutou contra tudo e contra todos, com um brilho que me orgulha, que me faz ter prazer em dizer, sou de pernambuco, estado onde nasceu o Sport Clube do Recife. Eu, João Paulo Pontes, tricolor doente!

Parabéns, torcida rubro-negra! Um dia repetiremos vossos feitos incontestavelmente gloriosos!

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